Barebacking é o termo em inglês para sentar no touro sem sela ou a pêlo. No Brasil, esse termo vem sendo usado para designar festas onde o sexo é praticado livremente, sem camisinha. Um verdadeira roleta russa da saúde, os participantes transam com pessoas que podem ou não serem portadores de HIV. Tudo porque se acredita que a AIDS, atualmente, é uma doença crônica, que tratada com medicamentos pode levar o paciente a ter uma vida longa. Essas festas podem ser encontradas em antigos casarões com públicos seletos, onde há engenheiros, médicos, advogados e muitos jovens, na zona sul do Rio de Janeiro. O alcance dessa nova forma de prazer já chegou também a baixada e zona oeste do Rio de Janeiro e, ao meu ver, é um dos mais modernos problemas de saúde pública do país.
Acreditar e classificar a AIDS como uma doença crônica apenas é engano. Devemos considerar em primeiro lugar os efeitos quimioterápicos do tratamento, que não é tranquilo ao paciente e muitas vezes torna os dias bem intoleráveis. Como segundo ponto, devemos sempre pensar na variabilidade genética desse vírus, na sua incrível capacidade de mutar e em pacientes que não respondem ao tratamento. Esses mesmo pacientes passaram a apresentar co-infecções e trouxeram a tona várias doenças que se acreditava estarem sob controles epidêmicos, como tuberculose, hanseníase, doença de Chagas entre outros. O investimento no tratamento de pacientes com HIV é alto para o Ministério da Saúde. Logo, o aumento no número de novos portadores do vírus pode levar o país a uma incapacidade em gerar investimentos para o tratamento de tais pacientes. Assim, faço uma pergunta: Quantos dos novos portadores, poderão custear sozinhos esse tratamento?
A inclusão de jovens nessas festas e a falsa impressão de liberdade, pode acorrenta-los a medicamentos, a camas de hospitais, a uma vida não tão alegre e livre assim. É necessário que TODOS levem essas informações a frente e pensem como devemos educar os nossos jovens, para não tornamos a AIDS um problema nacional novamente. A saúde pública é uma política informativa de conscientização, não há melhor vacina para qualquer tipo de infecção do que uma educação saudável do nosso corpo e da nossa vida.
Prof Elisangela, PhD.
Confira uma reportagem bem interessante feita pelo Jornal do Brasil em Janeiro desse ano.
http://jbonline.terra.com.br/nextra/2009/01/03/e030115675.asp
sexta-feira, 30 de outubro de 2009
sábado, 17 de outubro de 2009
Refletir para saber escolher!!!
Educação sexual
A educação sexual é um dos maiores desafios da educação. Falar sobre sexualidade vai além de ensinar métodos contraceptivos e DST, existe para ensinar o autoconhecimento e o respeito que devemos ter com nosso corpo e o do outro. É a descoberta do novo sem a experimentação, a naturalidade do desenvolvimento do ser. Hoje, não estamos capacitados e nem encorajados a essa educação, mas é essa que as crianças querem e é para essa que temos que nos preparar.
Dra Elisangela
Dra Elisangela
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